sexta-feira, 16 de maio de 2008


Pelos caminhos da Paraíba:
Bananeiras

Foto de
Joca Soares


BALAIO PORRETA 1986
n° 2316
Rio, 16 de maio de 2008


Pobre México, tão longe de Deus
e tão perto dos Estados Unidos.

(Porfírio Diaz)


VAMOS BEBER À TARDE?
José Nêumanne Pinto (PB)
[ in Jornal de Poesia ]

Nada como uma sinfonia de Beethoven,
um lápis, um papel, um copo, uma tarde.
Beije nos lábios o sonho
e deixe-o passar assim dormente.

Sopre no ouvido o espanto
e deixe-o viver assim dolente.


A BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS
Livros que me marcaram nos anos 70
- e ainda me marcam (1)

Para uma teoria da produção literária [1966], de Pierre Macherey. Trad. Ana Maria Alves. Lisboa : Estampa, 1971, 296p.

"Conhecer não é ... encontrar ou reconstituir um sentido latente, esquecido ou oculto. É constituir um conhecimento novo, ou seja, um conhecimento que acrescenta à realidade de que parte e de que fala algo de diferente" (p.11).

"A linguagem do escritor é uma linguagem nova, não pela sua forma material de existência, mas pela sua utilização" (p.57).

"... em última análise, todas as literaturas são de inspiração barroca" (p.63).

"A necessidade da obra baseia-se na multiplicidade dos seus sentidos ..." (p.77).

"... estudar uma obra literária é procurar relacioná-la com duas realidades: o momento histórico e a ideologia desse momento" (p.112).

"Criticar é ainda escrever, visto que, no fundo, escrever é ler" (p.136).

[Sobre Jules Verne:] "O imaginário é o real tal como o futuro é o presente" (p.167).

"Borges preocupa-se, essencialmente, com os problemas da narração: ... Propõe-nos, assim, uma teoria fictícia da narrativa" (p.239),


RECOMENDAMOS
a leitura do artigo Recado à morena Marina,
in Sopão do Tião.


No blogue do POEMA/PROCESSO:
Mulheres Mulheres Mulheres.

7 comentários:

Anônimo disse...

parco.contido. como (toda) origem de trigo

Mme. S. disse...

pelos caminhos do Moacy, me acho e e me perco.

o refúgio disse...

Ah, Moacy, belo poema e as frases do livro são maravilhosas.
um beijo.

Anônimo disse...

ah! uma tarde sem eira nem beira só bananeiras para brindar tão belo poema... essa região é linda que nem finda... vontade paraíba sem tempo de voltar...

Maria Maria disse...

Adorei esse poema: Vamos beber a tarde? Ou à tarde? Tem mulheres no espartilho e sem ele. Beijos, Maria Maria

Jens disse...

O Nêumanne me supreendeu. Não gosto dele como comentarista político no SBT (embarcou no ôba-ôba fácil e inconsequente de criticar o governo dia sim e outro também). Mas gostei do poema.
Um abraço.

Anônimo disse...

Que imagem bem captada, amigos!