Copacabana,
anos 10 do século passado
via
Ana de Toledo
BALAIO PORRETA 1986
n° 2466
Rio, 31 de outubro de 2008
Ai de ti, Copacabana, porque a ti chamaram Princesa do Mar, e cingiram tua fronte com coroas de mentiras, e deste risadas ébrias e vãs no seio da noite.
(Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana, 1958)
CLARIVIDÊNCIA
Lara de Lemos
[ in Dividendos do tempo. Porto Alegre, 1995 ]
Respiro teu cheiro
de suor e fogo,
tateio o mapa inteiro
de teu corpo.
Sei de teus meridianos,
das águas do oceano
que te habitam
em frêmito e espanto.
Sem reter o mistério
deste ecanto, pressinto
o beijo derradeiro
e redescubro o pranto.
A BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS
Folclore do Brasil, de Luís da Câmara Cascudo.
Rio de Janeiro; São Paulo; Lisboa : Fundo de Cultura, 1967, 254.
Em tempos de americanização/globalização, com sua dominação cultural, nada mais apropriado do que uma volta ao conhecimento de nossas raízes folclóricas e/ou populares. Neste sentido, Cascudo continua sendo uma referência importante para todos nós. Múltiplo é o universo de Cascudo, que envolve os mais variados interesses, inclusive no campo alimentar, por exemplo: "O problema é fixar-se o que é folclórico e o que pertence à Etnografia nessa viagem pela alimentação popular brasileira" (p.101). A verdade é que não podemos esquecer do seguinte: "A História, a Etnografia, a Arqueologia revelam a riqueza incalculável da nossa 'universalidade' e da nossa 'velhice' funcional e consuetudinária" (p.11).
Folclore do Brasil, de Luís da Câmara Cascudo.
Rio de Janeiro; São Paulo; Lisboa : Fundo de Cultura, 1967, 254.
Em tempos de americanização/globalização, com sua dominação cultural, nada mais apropriado do que uma volta ao conhecimento de nossas raízes folclóricas e/ou populares. Neste sentido, Cascudo continua sendo uma referência importante para todos nós. Múltiplo é o universo de Cascudo, que envolve os mais variados interesses, inclusive no campo alimentar, por exemplo: "O problema é fixar-se o que é folclórico e o que pertence à Etnografia nessa viagem pela alimentação popular brasileira" (p.101). A verdade é que não podemos esquecer do seguinte: "A História, a Etnografia, a Arqueologia revelam a riqueza incalculável da nossa 'universalidade' e da nossa 'velhice' funcional e consuetudinária" (p.11).
DESIDERATO
Pavitra
[ in Metamorfraseando ]
tenho a urgência dos incêndios
em meus poemas
amo os versos que não posso
e ardem
Pavitra
[ in Metamorfraseando ]
tenho a urgência dos incêndios
em meus poemas
amo os versos que não posso
e ardem
4 comentários:
Oi Moacy, tenho aqui entre os meus o "Dicionário do Folclore Brasileiro", que vez ou outra pego pra dar uma olhada. Deveria lê-lo mais. Houve um tempo que eu me interessava muito pelo Curupira e cia., daí fui em busca de Câmara Cascudo. É uma interessante leitura, do Curupira se diz assim: "Um dos mais espantosos e populares entes fantásticos das matas brasileiras. De curu, contrato de curumi e pira, corpo, corpo de menino, segundo Stradelli. (...) bate com o calcanhar, no Alto Amazonas, com o imenso pênis, no Baixo aMazonas, ou com o machado feito de um casco de jabuti, no rio tapajós."(continua)
2. ultimamente, por conta dos meus estudos, ando pesquisando sobre o tema da fome e alimentação no Brasil. Já havia lido alguma coisa citando o cascudo, mas agora com o seu comentário enfatizando esse aspceto da alimentação, tive certeza que devo procurar os livros desse autor que tratam do tema.
abraços.
ah, que saudade dessa copacabana que nunca vi(vi)!
adorei a clara evidência da lara...
ela tem bola de vidente...
bola cheia
que rebola e bole com os sentidos...
e vc resolveu me fazer surpresa!
não esperava mesmo figurar por aqui...
obrigada por colocar a mão
nesse poema-fogo! rs
beijão!
Belos poemas, sobretudo o de Pavitra! Um abraço, caro poeta!
O carinho meu para o poeta Moacy!
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