terça-feira, 14 de outubro de 2008


Quem ainda se lembra da revista Life?
Quem ainda se lembra de
Jennifer Jones,
a atriz de
Suplício de uma saudade
(Henry King, 1955)?


BALAIO PORRETA 1986
n° 2454
Rio, 14 de outubro de 2008


A prosa é o diurno, a poesia é a noite; se alimenta de monstros e símbolos, é a linguagem das trevas e dos abismos. Não há grande romance, pois, que em última instância não seja poesia.
(Ernesto SÁBATO. O escritor e seus fantasmas, 1963)


NOS DENTES
Sandra Camurça
[ in O Refúgio, 19/10/2006 ]

eu sempre soube
sempre soube
mesmo quando tudo parecia acabado
eu sempre soube
sempre soube
mesmo quando o mundo dizia que nada adiantava
eu sempre soube
sempre soube
mesmo sem ver a luz no fim do túnel
eu sempre soube
sempre soube
mesmo me sentindo derrotada
eu sempre soube
sempre soube
mesmo quando ninguém acreditava em mim
eu sempre soube
sempre soube
mesmo quando me sentia só
eu sempre soube
sempre soube
mesmo com o tesão ausente
eu sempre soube
sempre soube
mesmo desesperadamente descrente
eu sempre soube
sempre soube
mesmo sem paciência de esperar
eu sempre soube
sempre soube
Que a vida se agarra nos dentes.


GOZO
Carlos Pessoa Rosa
[ in Germina Literatura ]

se deixo nos lábios o poema
é para morder de leve a rigidez de seus seios
se acrescento sabores ao poema
é para agitar com mel a chama de seu gozo


Vale a pena ler
ENTREVISTA COM A ECONOMISTA
MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES
:

Entupiu o sistema circulatório do capitalismo

"Em entrevista à Carta Maior, a economista Maria da Conceição Tavares fala sobre a crise. As autoridades monetárias de todo o mundo têm que intervir rápido, antes que se forme a pior das bolhas, a de pânico, que é essa que está em curso, adverte. Para ela, o Brasil tem algumas vantagens importantes para enfrentar a crise, entre elas a existência de três fortes bancos estatais e pelo menos três grandes empresas públicas de peso, salvas do ciclo de privatizações desfechado pelo governo anterior. Isso dá ao governo instrumentos para intervir fortemente no mercado".
[Leia a entrevista completa in
Carta Maior ]


Clique na imagem
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LUIZ ROSEMBERG FILHO

8 comentários:

Jens disse...

Oi Moacy.
Belo o poema da Sandrix. A garota se superou.
***
Provocantes os poemais visuais do Luiz Rosemberg. Uma delícia para o olhar.
***
Interessante ver os defensores do Estado mínimo, os adoradores do Deus Mercado, implorando pela intervenção estatal para salvar banqueiros e demais financistas aventureiros e inescrupulosos - socialismo para os ricos. Seria caso para gargalhar, se não fosse trágico.
***
Um abraço.

o refúgio disse...

Grata, Moacy, Muito grata! Esse poema tem quase dois anos... É, parece que o mês de OUTUBRO me deixa sempre inquieta, sempre VERMELHA ;-)
Beijos.

Mariana Botelho disse...

balaio porreta!!

Anônimo disse...

...e vermelho!

Giuliano Gimenez disse...

muito legal o gozo do carlos, hein

Anônimo disse...

moacy:
a conceição foi minha mestra.é uma
personalidade porreta.
romério

Anônimo disse...

Sempre muito bom vir aqui.
abraço Moacy.

p.s: foi bom vê-lo na tv. ( rntv)

Anônimo disse...

Sempre muito bom vir aqui.
abraço Moacy.

p.s: foi bom vê-lo na tv. ( rntv)