sábado, 3 de janeiro de 2009


Lauren Bacall,
a atriz de
Uma aventura na Martinica (Hawks, 1944)
À beira do abismo (Hawks, 1946)
Paixões em fúria (Huston, 1948)
Como agarrar um milionário (Negulesco, 1953)
Palavras ao vento (Sirk, 1956)
e muitos outros, entre os quais
Dogville (Trier, 2003)

Foto gentilmente presenteada por
Carito


BALAIO PORRETA 1986
n° 2525
Rio, 3 de janeiro de 2009

O nosso destino depende de nossas decisões
e da imaginação e coragem do governo.
(Celso FURTADO, Desafio ao Brasil,
in Senhor, Rio, n° 11, novembro de 1960)


ACONTECEU NA CONFEITARIA ATENEU

Em pleno mês de dezembro, à tarde, em dia a ser guardado com o maior carinho, vivi um encontro bastante agradável. Aconteceu na Confeitaria Ateneu, no bairro de Petrópolis, em Natal. Naquele momento, tocados pela doce quentura dos ventos azuis das conversas amigas, éramos quatro pessoas absolutamente felizes. E imprevisíveis.

De um lado, a bela e terna Sheyla Azevedo, um bicho esquisito (nem tanto, nem tanto...), sensível poeta ainda inédita em livro; do outro, sempre atento, o lúcido Carito, músico, e um dos poetas elétricos da cidade, que trouxera para nosso encontro a atriz americana Lauren Bacall. As horas passavam como se taças de vinho fossem.

Sheyla, igualmente cronista - e das boas -, fazia planos para a sua nova moradia, em Capim Macio. E outros planos fazia. Carito, igualmente blogueiro - e dos bons - prometia aos três um passeio de jipe até Pipa, pelas dunas do litoral sul. E Lauren Bacall? Ah, a Lauren Bacall, uma das deusas do cinema americano, sobretudo dos anos 40 e 50...

Lauren, a atriz de Uma aventura na Martinica e Paixões em fúria, com seus lábios carnudos e seu olhar de animal selvagem, permanecia silenciosa como as planícies de Marte e Saturno. Às vezes, sorria de forma enigmática para nós três. Talvez estivesse com o pensamento voltado para o seu querido Bogie. Quem sabe? Quem sabe?

Mário Ivo, um homem que conhece como ninguém a nossa Cidade dos Reis, chegou depois. Como depois chegou Fátima, a minha companheira. Antes dos dois, chegara um amigo jornalista de Sheyla. E então, tal qual o poema de Lorca, a noite se fez íntima como uma pequena praça. E Natal se fez Natal. Na tradicional Confeitaria Ateneu.

Com as bençãos de Lauren Bacall.


RECUPERAÇÃO DA ADOLESCÊNCIA
Ana Cristina César
[ in Cenas de Abril, 1979, republicado em A teus pés ]

é sempre mais difícil
ancorar um navio no espaço


DIARIM DE MARIA BUNITA
(8)
Divulgação:
Menina Arretada do Seridó

Quirido Diarim,
ôje tô arretada de tanta raiva qui si eu pudesse e o Capitão 
concordasse eu mandava arrancar os possuído do Diabo Lôro e
ainda mandava sangrar de faca pexêra aquela infitete daquela
cigana que se arranchô pur aqui, mais uma veiz, cum minha permissão.
Num é qui peguei a mardita de semvergonhice cum aquele branquelo
fi d'uma égua debaixo de uma algaroba lá pras banda das
oiticicas? Apois de ôje num passa, adispois dessa, nunca mais
qui ela vai lê sorte de ninguem purque ninguem mexe no qui é de
Maria Bunita sem orde dela. Cum o Diabo Lôro eu mi acerto adispois
purque na farta de Virgulino inté qui ele faiz um chamego gostoso
numa bucetinha, faiz sim... Ah, diarim, deixe istá qui o qui é dele
tá guardado... e bem guardado, viu, seu bichim...


EM PRIMEIRO LUGAR

O Google/Pesquisa endoidou de vez. Para um leitor esperto que
sapecou um indiscutível buceta de charlize theron
para suas investigações filosóficas e metafísicas,
decerto a serem feitas com o maior respeito,
o Google colocou o nosso Balaio em 1°
lugar, entre 5.010 opções possíveis.
É o caso de perguntar:
o que seria do Balaio sem a Charlize?

7 comentários:

Mme. S. disse...

Foi uma tarde incrível aquela. Principalmente pelos episódios da foto da Lauren, da cartinha do Carito e das nossas conversas sobre tanto e tudo. Um beijo, querido, obrigada mesmo. E, quando retornar ao azul dessa cidade laranja, quero repetir a dose. S.

Anônimo disse...

Bem, você já disse tudo Moacy... Ou quase tudo, né? Sheyla nos presenteou com crônicas reais às vezes extremamente intrigantes, como aquela história do golpe no Rio... O neto de Fátima trouxe ainda mais vida ao ambiente, mostrando muito carinho e uma cumplicidade com você tão natural, que só confirmou o que já sabíamos: o Moacy é antes de tudo um jovem! E a doce Dona Sílvia que pescou rapidamente uma conversa nossa, quando eu falava da infância minha e de Mário Ivo ali no bairro de Petrópolis e a (é)terna referência da venda de Seu Tonho, pai de Fátima, aí chega Dona Sílvia contando que o conhecia, conhece Fátima e todo mundo lá, Fátima chega entrando na Confeitaria Atheneu com mais intimidade que todos juntos, muito legal, muito bacana mesmo, essa Natal que ainda nos aproxima, essa vida real a partir da virtual, exblog coração! E o passeio de jipe está de pé, fé na tábua, de maré... Jipe, jipe, hurra!

Cláudia Magalhães disse...

Oi, Moacy! Que delícia o seu recado, amigo! Também te desejo muita luz, paz e amor em 2009!
Parabéns pelo teu maravilhoso espaço, sempre repleto de coisas gostosas!
Ei, tem conto novo. Passa lá, amigo. Beijão.

midc disse...

lá chego eu, como naquele dia, a música daquele dia, atrasado: mas já temos novo encontro agendado, na maciez do capim. abs

Anônimo disse...

moacy:
o google está altamente elogioso com o balaio.meus cumprimentos.
da minha página surgem umas consultas bem estranhas,mas muito distantes disso.trarei alguma aqui.
e elogios ao pesquisador,muito sábio.
romério

Anônimo disse...

Olá Moacy. Estou passando para lhe desejar um Feliz 2009, com muita paz, saude e felicidades! Um abraço!

Mariana Botelho disse...

gente! que coisa mais chique esse encontro!