Foto:
Katarzyna Rzeszowska
BALAIO PORRETA 1986
n° 2657
Rio, 10 de maio de 2009
Devemos comemorar uma data criada pelo comércio? Por quê?
Poder-se-á dizer: o capitalismo nos domina de tal forma
que todas as comemorações sob o signo do capital,
das mais simplistas às mais sentimentais,
são total e absolutamente válidas.
Tudo bem... Mas por quê?
Katarzyna Rzeszowska
BALAIO PORRETA 1986
n° 2657
Rio, 10 de maio de 2009
Devemos comemorar uma data criada pelo comércio? Por quê?
Poder-se-á dizer: o capitalismo nos domina de tal forma
que todas as comemorações sob o signo do capital,
das mais simplistas às mais sentimentais,
são total e absolutamente válidas.
Tudo bem... Mas por quê?
SERTÃO
Nydia Bonetti
[ in Longitudes ]
a pele trinca
árido sertão à espera
dos teus olhos de chuva
HIDROLÓGICA
Adrianna Coelho
[ in Metamorfraseando ]
cuido por tanto
tempo desse dique
em meu corpo
e os olhos drenam
toda essa água
salgada e revolta
a dor é que não
se esgota
Adrianna Coelho
[ in Metamorfraseando ]
cuido por tanto
tempo desse dique
em meu corpo
e os olhos drenam
toda essa água
salgada e revolta
a dor é que não
se esgota
HAICAI
Sandra Camurça
[ in O Refúgio ]
comeu tudo o que restou do gozo -
amor profundo
vai até o osso
Sandra Camurça
[ in O Refúgio ]
comeu tudo o que restou do gozo -
amor profundo
vai até o osso
MEU HOMEM
Luiza Viana
[ in O céu do lençol, 1996 ]
Anjo meu
cheiro de mel
puro bordel
de poesia
Olho nos seus olhos
viro doce
de ambrosia.
PECADOS INTERIORANOS
4º - Ira
Paulo de Tarso Correia de Melo
[ in Rio dos homens, 2002 ]
Ah, minha filha,
eu sou assim:
quando tenho raiva de uma pessoa,
tenho raiva da pessoa,
da menina da pessoa
e da boneca da menina da pessoa.
UM POEMA CANTADO NA NOITE: IV
Tanussi Cardoso
[ in Exercício do olhar, 2006 ]
é no osso das nuvens
no ar das flautas doces
na noite que nada espera
que o poema desespera
Cinema
DEZ GRANDES FILMES DOS ANOS 20
Moacy Cirne
1. O homem da câmera (Vertov, 1929)
2. Aurora (Murnau, 1927)
3. A paixão de Joana d'Arc (Dreyer, 1928)
4. Um cão andaluz (Buñuel, 1928), curta
5. Sherlock Jr. (Keaton, 1924)
6. Ouro e maldição (Stroheim, 1924)
7. Em busca do ouro (Chaplin, 1925)
8. A General (Keaton & Bruckman, 1927)
9. O homem das novidades (Sedgwick & Keaton, 1928)
10. O encouraçado Potemkin (Eisenstein, 1925)
DEZ GRANDES FILMES DOS ANOS 30
Moacy Cirne
1. Um dia no campo (Renoir, 1936)
2. A regra do jogo (Renoir, 1939)
3. A grande ilusão (Renoir, 1937)
4. No tempo das diligências (Ford, 1939)
5. M, o vampiro de Dusseldorf (Lang, 1931)
6. A mocidade de Lincoln (Ford, 1939)
7. Entusiasmo (Vertov, 1930)
8. A terra (Dovjenko, 1930)
9. Levada da breca (Hawks, 1938)
10. Luzes da cidade (Chaplin, 1931)
Luiza Viana
[ in O céu do lençol, 1996 ]
Anjo meu
cheiro de mel
puro bordel
de poesia
Olho nos seus olhos
viro doce
de ambrosia.
PECADOS INTERIORANOS
4º - Ira
Paulo de Tarso Correia de Melo
[ in Rio dos homens, 2002 ]
Ah, minha filha,
eu sou assim:
quando tenho raiva de uma pessoa,
tenho raiva da pessoa,
da menina da pessoa
e da boneca da menina da pessoa.
UM POEMA CANTADO NA NOITE: IV
Tanussi Cardoso
[ in Exercício do olhar, 2006 ]
é no osso das nuvens
no ar das flautas doces
na noite que nada espera
que o poema desespera
Cinema
DEZ GRANDES FILMES DOS ANOS 20
Moacy Cirne
1. O homem da câmera (Vertov, 1929)
2. Aurora (Murnau, 1927)
3. A paixão de Joana d'Arc (Dreyer, 1928)
4. Um cão andaluz (Buñuel, 1928), curta
5. Sherlock Jr. (Keaton, 1924)
6. Ouro e maldição (Stroheim, 1924)
7. Em busca do ouro (Chaplin, 1925)
8. A General (Keaton & Bruckman, 1927)
9. O homem das novidades (Sedgwick & Keaton, 1928)
10. O encouraçado Potemkin (Eisenstein, 1925)
DEZ GRANDES FILMES DOS ANOS 30
Moacy Cirne
1. Um dia no campo (Renoir, 1936)
2. A regra do jogo (Renoir, 1939)
3. A grande ilusão (Renoir, 1937)
4. No tempo das diligências (Ford, 1939)
5. M, o vampiro de Dusseldorf (Lang, 1931)
6. A mocidade de Lincoln (Ford, 1939)
7. Entusiasmo (Vertov, 1930)
8. A terra (Dovjenko, 1930)
9. Levada da breca (Hawks, 1938)
10. Luzes da cidade (Chaplin, 1931)
14 comentários:
Moa! :)
vou por partes:
sobre o dia do comércio, acho que não devemos comemorá-lo mesmo, ams levando-se me conta que os vendedores trabalham nos fins de semana e até em feriados nacionais, é de bom tom que nesse dia eles ganehm um dia de descanso (clro que estou falando do "trabalho forçado" nos shoppings, e sendo um pouquinho inrônica)
conheci a Nydia há pouco tempo, e talvez tenha sido pelo Balaio, e gostei muito, estou seguindo e lendo...
adorei os outros poemas e o do Pualo de Tarso é muito bom...
saber que vc tem anotações de todos os filme que assite é fascinante!!!
e vc teve um trabalhinho apra achar o hidrológica, né? eu adorei, viu... adorei estar aqui de novo.
beijos!
Oi Moacy!
Que coisa boa estar aqui com você de novo e ver meu "sertão" em companhia destes belos poemas, como costumo dizer: mínimos, mas imensos...
Adriana acho que lí pela primeira vez no blog do Marcelo Novaes: Uma dupla de peso.
Também me incomoda esta coisa de dia pra tudo. Pra quê? Ou seria melhor perguntar: Prá quem? $$$
Adoro ler suas notas sobre cinema.
Obrigada, beijooo.
boa madrugada, Moacy! rsrs
que foto deslumbrante, e os poemas todos são perfeitos.
suas listas de filme são um referencial que não dá pra perder.
a única coisa que podemos dispensar, afinal, é tanta data comemorativa e comercializável...
beijo
Bom Dia, Moacy!
Comércio, é dose. Não gosto disso também. Mas se inventam, façamos como os ébrios. COMEMOREMOS os dias inventados por eles.
Belíssima fotografia!!!
Todos os poemas estão lindos, mas fico com Nydia Bonetti e Adriana Coelho.
No mais tudo na sua perfeição de sempre.
Beijos
Mirse
gostei de tudo no balaio - mas esses pecados interioranos - como queria tê-los escrito!!!
besos
digo e repito - odeio dias especiais!! para mim todo dia é dia, toda hora é hora... ou não!
besos
Moacy,
O seu blog é mesmo fundamental.
Tem uma pequena homenagem a você lá no www.oteoremadafeira.blogspot.com
Abração!
boas informações.
bons textos.
o balaio é porreta!!!
moacy:
dia de quê?eu não sou mãe,pai,santo.mas tem o dia nacional do samba.deste eu falo.
romério
Oi, Moacy.
O balaio, hoje, tá porreta, porreta, viu?
Gostei da "Hidrologia" de Adrianna Coelho e do "Sertão" de Nydia Bonetti.
E encantei-me com o haicai de Sandra Camurça.
"comeu tudo o que restou do gozo -
amor profundo
vai até o osso"
Um grande beijo, meu querido!
Concordo com o que a Mercedez disso. Um beijo Moacy.
eita moacy, os peoemas deontem, são carnai, de sangrias e futucações rupestres
Estar no Balaio é uma das melhores coisas da vida e olhe que adoro chupar um ossinho...rsrs...
Beijos, querido.
Grata, sempre.
Este post é um balaio de pequenos grandes poemas. É a poesia "pílulas de vida do Dr. Ross...".
Um abraço!
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