sábado, 7 de novembro de 2009

FILMES QUE MARCARAM ÉPOCA
NA CAICÓ DOS ANOS 50
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A rua do Delfim Verde

(Victor Saville, 1947)
Exibido na cidade seridoense por volta de 1951, trata-se de um melodrama de aventuras (tomando como referência inicial a paixão de duas irmãs pelo mesmo homem) que conquistou, sobretudo, o coração e a mente das mulheres de Caicó. Curiosamente, em se tratando de um filme dirigido por Saville, lembro-me mais de Aloma, a virgem proibida (1941), com Dorothy Lamour: o primeiro longa que vi em toda a minha vida, provavelmente em 1948 ou 49, se a memória não me falha.


BALAIO PORRETA 1986
n° 2835
Natal, 7 de novembro de 2009

alvoreceu em líquido presságio
a intermitente face desse amor
(Assis FREITAS. Deslizante assimetria,

in
Mil e Um Poemas)
MEU CORAÇÃO ESCONDE
Carmen Vasconcelos
[ in Chuva ácida, 2000 ]

Meu coração esconde,
a palavra escapa,
a palavra que preciso cuspir.

Mas não é porque me cobre
a túnica do silêncio,
que estarei despida de poesia
ou perecerá,
sobre o branco impecável desta página,
o meu reflexo.



MAIS UM LANÇAMENTO DE PRIMEIRA

Depois de Marize Castro, mais um lançamento literário agita o meio literário de Natal: Simples filosofia, de Pablo Capistrano. Será hoje à noite, a partir de 19h, na Siciliano do xópim MidiVaiMal, nas proximidades do antigo cabaré de Rita Loura. Pablo Capistrano é um dos mais valorosos nomes da nova literatura do Estado. Vale a pena conferir, claro.


PONTO FINAL
Maria Maria
[ in Espartilho de Eme ]

Hoje não me interessa pensar,
nem mesmo pescar algum boto.

Não me interessam as suas agruras,
os seus desconsolos ou soluços
roucos.

Chega de tanta mentira,
o meu choro já me basta.
Eu já me basto.


AS PEDRAS TAMBÉM CANTAM
Sandra Camurça
[ in O Refúgio ]

Sou pedra bruta
que se machuca
nas arrebentações
das líquidas paixões

Sou pedra dura
que perdura,
quebra-mar
que de tanto a(mar)
aprendeu a cantar


QUANDO ME DEITAS
Jeanne Araújo

Quando me deitas
vais abrindo meus caminhos lentamente
tocando os vãos, desvãos inacabados,
cheios de silêncios mórbidos.
Teu olhar me suga, vertiginosamente,
enquanto murmuras águas marinhas,
algas e um tanto de sal.
Pareces pequeno.
No entanto, consegues envolver-me
despojada e extrema
no teu peito vasto.

Quando me deitas
e percorres lentamente meus caminhos,
minhas flores se entregam nesse claustro
de anseios e sussurros.
E as tuas palavras, as mais doces,
vão queimando os muros,
lençóis e o pequeno quarto.
Pareces pequeno.
No entanto, abranges inocente,
todos os meus cantos e recantos.
E tudo é gozo de tanto tempo.
E tudo é cio e umidade.


POEMA
Romário Gomes
[ in Cacos, desativado]

O Seridó
é verdecinza
geografia
do meu poema
um nome
um sertão particular


Memória
E O MUNDO COMEÇOU EM CAICÓ...

in Balaio n° 1339, de 13/11/2000

Apesar do ceticismo de alguns, muitas são as evidências arqueológicas, antropológicas, metafísicas e futebolísticas de que o mundo (inteligente) no planeta Terra teria nascido na Cidade do Caicó, sertão seridoense do Rio Grande do Norte, nas proximidades da mitológica São Saruê.

Há, inclusive, fortes indícios de que em torno do Poço de Santana, ao nordeste da cidade potiguar, em pleno Rio Seridó, moradia sagrada de uma serpente milenar, tribos nômades por lá já viviam há 69 mil anos. Essas tribos seriam dotadas de inteligência superior para os padrões da época, sendo, segundo o historiador Clifford Dantas Simak, portadores de atributos mercadológicos os mais diversos e mesmo os mais avançados, considerando a vida em nosso planeta há 69 mil anos.

Mas quais são, afinal, os indícios que nos levam a acreditar que o mundo começou em Caicó? Ei-los, seguindo a linha epistemológica esboçada pelo arqueólogo Raimundo Bradbury:

1. O Poço de Santana é o centro geodésico e metafísico do mundo. Segundo todos os registros históricos, culinários e biológicos existentes, inclusive aqueles anotados pelo astrofísico Arthur Cordeiro Clarke, em secando o poço o mundo simplesmente acabará. Tanto é que, em 69 milhões de anos, nunca secou. Mesmo no grande desastre ecológico ocorrido há 65 milhões de anos, quando os dinossauros desapareceram, o Poço de Santana não sofreu maiores danos físicos e morais;

2. Seres extraterrestres que por lá passaram, em nosso século [séc. XX], em 1943, deixaram marcas da Historicidade/Singularidade no leito do açude Itans, marcas essas que antecipam as ruínas de Nova York no século XXI e prenunciam uma nova espiritualidade camongeana para a Cidade;

3. Em Caicó, a torcida de futebol mais fanática não é a do Flamengo - é a do Botafogo, cujo fundador, o lendário Marujo Asimov, mantinha contatos telepáticos com Mané Garrincha nos anos 50, confirmando a previsão dos índios tapuias que habitavam as cercanias do Poço de Santana;

4. Em 13 serrotes ao sul da cidade, nas proximidades do Rio Barra Nova, há inscrições rupestres sublinhadas por escrita sânscrito-aramaico-jupiteriana, que só podem indicar o seguinte (na opinião do egiptólogo Fausto Cunha de Medeiros): os primitivos caicoenses há 69 mil anos emigraram para a África e, do continente africano, se espalharam pela Europa e Ásia.

Assim sendo, não temos a menor dúvida: o mundo começou mesmo em Caicó...

11 comentários:

líria porto disse...

e é em caicó que o mundo vai acabar!!!

lindíssimoo o poema da jeanne araújo - o caminhar das palavras...

Pedrita disse...

nossa, não vi esse filme com lana turner, anotado. beijos, pedrita

Unknown disse...

Agradeço os versos no Balaio, em meio a outros versos tão porretas. Belo texto sobre a origem do mundo em Caicó, concordo. O mundo começa na nossa aldeia. Porque hoje é sábado vou ali comemorar.

Francisco Sobreira disse...

Não conheço, Moacy, esse filme. De Saville só vi O Cálice Sagrado, que marcou a estreia de Paul Newman no cinema e que o ator abominava. Um abraço.

Marcelo Novaes disse...

Moa,



Começou ali, sem dúvida. Ou aí. Gosto de Maria Maria. Jeanne eu sempre cumprimento, e ela sabe disso. Quanto aos lançamentos, bom período este para a cidade. Porreta.







Abração,












Marcelo.

Unknown disse...

Oi Moacy!

Saudades tenho da METRO! O filme é lindo, mas a sonoplastia e o suspense que o antecede, já é muito bom!

Lindo o alvorecer de Assis de Freitas!

Jeanne araújo e Maraia maria, impecáveis!

Claro que o mundo começou em Caicó, a prova são os BOTAFOGUENSES,

Aposto que sabia que eu ia dizer isso!

Beijos

Mirse

Paulo Jorge Dumaresq disse...

Caicó para Capital Federal. Tenho dito. Ótimo o poema de Maria Maria. O de Jeanne Araújo também.

Anônimo disse...

Moacy, a tese de que Caicó é a origem de tudo encontra amparo científico no Caicocentrismo. Um texto na desciclopédia explica a teoria, fato que é absolutamente científico e crível.

nina rizzi disse...

Nossa tá quente aqui hoje, né. Deve ser o sol que gira in torna__do Caicó...

um cheiro, um beijo.

Maria Maria disse...

Que massa!!!! Eu nem lembrava mais desse poema!!! Obrigada!!

Beijos, Moacy

o refúgio disse...

Moacy,
desde quarta-feira passada não acessava a internet, por isso meu atraso em vir aqui.Grata,viu!?!
Beijos, querido