Clique na imagem
para ver o trêiler de
Na cidade com Sylvia
(José Luis Guerin, 2007):
um filme feito com
olhares, silêncios e labirintos
- uma obra fascinante.
E extremamente bela
ao privilegiar a gestualidade feminina.
Clique na imagem
para ver o trêiler de
Redacted / Guerra sem cortes
(Brian De Palma, 2007):
uma porrada anti-americana
tendo como foco
a Guerra do Iraque
- um dos melhores filmes políticos
dos últimos anos.
BALAIO PORRETA 1986
n° 2451
Rio, 11 de outubro de 2008
Certos filmes exigem que sejam sentidos de forma amorosa, quase apolínea. Análises frias, por demais cirúrgicas, pouco dizem, por exemplo, das realizações de um Erich Rohmer, de um Robert Bresson, de um Hsiao-hsie Hou, de um Michelangelo Antonioni, de um Jean Renoir, ou de obras como Na cidade com Sylvia. Já outros filmes exigem que sejam sentidos de forma dionisíaca: basta ver os exemplos de Orson Welles, Stanley Kubrick, Jean-Luc Godard, John Ford, Glauber Rocha,
ou de obras como Guerra sem cortes.
(Moacy Cirne, Balaio Porreta)
para ver o trêiler de
Na cidade com Sylvia
(José Luis Guerin, 2007):
um filme feito com
olhares, silêncios e labirintos
- uma obra fascinante.
E extremamente bela
ao privilegiar a gestualidade feminina.
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para ver o trêiler de
Redacted / Guerra sem cortes
(Brian De Palma, 2007):
uma porrada anti-americana
tendo como foco
a Guerra do Iraque
- um dos melhores filmes políticos
dos últimos anos.
BALAIO PORRETA 1986
n° 2451
Rio, 11 de outubro de 2008
Certos filmes exigem que sejam sentidos de forma amorosa, quase apolínea. Análises frias, por demais cirúrgicas, pouco dizem, por exemplo, das realizações de um Erich Rohmer, de um Robert Bresson, de um Hsiao-hsie Hou, de um Michelangelo Antonioni, de um Jean Renoir, ou de obras como Na cidade com Sylvia. Já outros filmes exigem que sejam sentidos de forma dionisíaca: basta ver os exemplos de Orson Welles, Stanley Kubrick, Jean-Luc Godard, John Ford, Glauber Rocha,
ou de obras como Guerra sem cortes.
(Moacy Cirne, Balaio Porreta)
FESTIVAL DO RIO 2008
OS FILMES VISTOS
1. Na cidade de Sylvia *** (Guerin, 2007)
2. A viagem do balão vermelho *** (Hou, 2007)
3. Guerra sem cortes *** (De Palma, 2007)
4. Vermelho sangue *** (Ripstein, 1996)
5. Katin *** (Wajda, 2007)
6. Os amores de Astrée e Céladon ** (Rohmer, 2007)
7. Quatro noites com Anna ** (Skolimowski, 2008)
8. Noite e dia ** (Sang-soo, 2008)
9. A fronteira da alvorada * (Garrel, 2008)
10. O homem que engarrafava nuvens * (Lírio Ferreira, 2008)
Notas:
1. Como das vezes anteriores, privilegiei os filmes com legenda eletrônica, ou seja, os filmes que ainda não foram adquiridos para comercialização nos circuitos das salas exibidoras.
2. Dentro do mesmo critério, deixei de lado os filmes nacionais, que inevitavelmente poderão ser vistos depois. Só abri uma exceção: para o filme sobre Humberto Teixeira. Meu sangue nordestino falou mais alto, neste caso. Mas o filme de Júlio Bressane (A erva do rato) muito me interessa.
3. Infelizmente, não pude ver, entre outros, O castelo da pureza (Ripstein), Blue (Jarman), A mulher sem cabeça (Martel), Aquele querido mês de agosto (Gomes), Liverpool (Alonso). Gostaria de ter revisto Alexandra (Sokurov). Não foi possível. Assim como não foi possível rever Duas mulheres (De Sica). Na verdade, na primeira semana do Festival minhas atenções se voltaram para a ótima mostra Oriente Desconhecido, no CCBB.
4. Entre os melhores filmes apresentados, a grande surpresa - por sua temática dramaticamente política - talvez seja o de Brian De Palma. E, pelo menos de minha parte, esperava mais do filme de Garrel. E por falar em filme político, se o de De Palma é anti-americano, o de Wajda (Katin) é anti-estalinista. Os dois são centrados em episódios específicos - e reais: em Retacted, o estupro e assassinato de uma menina iraquiana por soldados americanos; em Katin, o massacre a sangue-frio de soldados prisioneiros, na Polônia (no início da 2ª Grande Guerra), por militares teleguiados por Stalin.
5. Só para relembrar o valor das cotações: *** (excelente); ** (ótimo); * (especialmente bom).
OS FILMES VISTOS
1. Na cidade de Sylvia *** (Guerin, 2007)
2. A viagem do balão vermelho *** (Hou, 2007)
3. Guerra sem cortes *** (De Palma, 2007)
4. Vermelho sangue *** (Ripstein, 1996)
5. Katin *** (Wajda, 2007)
6. Os amores de Astrée e Céladon ** (Rohmer, 2007)
7. Quatro noites com Anna ** (Skolimowski, 2008)
8. Noite e dia ** (Sang-soo, 2008)
9. A fronteira da alvorada * (Garrel, 2008)
10. O homem que engarrafava nuvens * (Lírio Ferreira, 2008)
Notas:
1. Como das vezes anteriores, privilegiei os filmes com legenda eletrônica, ou seja, os filmes que ainda não foram adquiridos para comercialização nos circuitos das salas exibidoras.
2. Dentro do mesmo critério, deixei de lado os filmes nacionais, que inevitavelmente poderão ser vistos depois. Só abri uma exceção: para o filme sobre Humberto Teixeira. Meu sangue nordestino falou mais alto, neste caso. Mas o filme de Júlio Bressane (A erva do rato) muito me interessa.
3. Infelizmente, não pude ver, entre outros, O castelo da pureza (Ripstein), Blue (Jarman), A mulher sem cabeça (Martel), Aquele querido mês de agosto (Gomes), Liverpool (Alonso). Gostaria de ter revisto Alexandra (Sokurov). Não foi possível. Assim como não foi possível rever Duas mulheres (De Sica). Na verdade, na primeira semana do Festival minhas atenções se voltaram para a ótima mostra Oriente Desconhecido, no CCBB.
4. Entre os melhores filmes apresentados, a grande surpresa - por sua temática dramaticamente política - talvez seja o de Brian De Palma. E, pelo menos de minha parte, esperava mais do filme de Garrel. E por falar em filme político, se o de De Palma é anti-americano, o de Wajda (Katin) é anti-estalinista. Os dois são centrados em episódios específicos - e reais: em Retacted, o estupro e assassinato de uma menina iraquiana por soldados americanos; em Katin, o massacre a sangue-frio de soldados prisioneiros, na Polônia (no início da 2ª Grande Guerra), por militares teleguiados por Stalin.
5. Só para relembrar o valor das cotações: *** (excelente); ** (ótimo); * (especialmente bom).
6 comentários:
Acordar no sábado pela manhã e tomar café com cinema... Desse balaio não saio! Que maravilha esse festival, heim!?! Para tentar exorcizar minha inveja sadia: nesse dianisíoco projeta-se nas salas do meu cérebro uma vontade de ir até a locadora traçar algumas outras apolíneas e pontos de fuga...
Mais um ótimo post e... Sou obrigado a tornar-me repetitivo: e mais uma ótima aula! Ah! As coisas lá pelo blog ja se ajeitaram.
Abraços!
.boas dicas!
Moacy,
Um trailer que deve ser inédito nos anais do cinema. As imagens (uma única aparece e rapidíssima) substituídas por sons de vozes. Fico na expectativa de ser um filme bom. E no qual De Palma se afasta do seu universo temático, como já fizera em Os Intocáveis. Um abraço.
Oi Moacy.
Homem que eu era voltou. A fiasqueira é assim (bagual que é bagual é exagerado, no primeiro contratempo sentimental solta o berro: manhê!).
***
Porra, só filmão. Fiquei curioso pra ver o do Brian de Palma.
***
Manara, aí embaixo, é um dos crsques do quadrinho erótico. Lembra do Clic? Muito bom.
***
Um abraço. Dá-lhe Inter, dá-lhe Flu (quem sabe o chefe Simon não dá uma mãozinha hoje, hehehe..).
Visitei-te nesta noite de grilos mudos! Beijos
Vim procurar os filmes que você viu no Festival do Rio. eu vi alguns também. Concordo inteiramente com a sua avaliação sobre Katyn. Curiosamente, os melhores filmes na minha opinião tiveram a II Guerra como temática: Katyn, O menino do pijama listrado, Duas mulheres, Sanguepazzo.
Carpe Diem.
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