segunda-feira, 20 de outubro de 2008


Clique na imagem
(poemacolagem de
Luiz Rosemberg Filho)
para verouvir
uma surpresa
emblemática,
em versão de Billy Bragg


BALAIO PORRETA 1986
n° 2460
Rio, 20 de outubro de 2008



Arquivos do Balaio

Por mais desconfiança que tenhamos da sinceridade dos que nos falam, sempre julgamos que a nós eles dizem mais verdade que aos outros. (La ROCHEFOUCAULD. Reflexões e máximas morais [1664-78]. São Paulo: Cultrix, 1962, p.95)


BALAIO INCOMUN n° 1934
Desde 1986
Rio, 18 de janeiro de 2007


UM GATO chamado Mussorgski
de Rosa Amanda Strausz (RJ)
[ in Fábula Portátil ]

Chove lá fora.
Mas só os olhos do pintor vertem água.


DE LÍRIO e encantamentos
Bosco Sobreira (CE)
[ in Policamente Incorreto, desativado ]

essa moça
me roubou a poesia
e a guardou
bem guardado
encantada em sendas
vales
montanhas
colinas
e
florestas
e
lírio
e amanheceres

vez em quando
(só por demais bem-querer)
ela ma devolve
inteira
(acrescida sempre de um muito mais)
quando se veste de
nua


POEMA de
Ana de Santana (RN)

Hanan-Pacha

Território mito
De antes do medo
Acompanha-me lírico
Cavalos selvagens

Território seco
De tempos e tempos
Fixa-me ao chão
Talento de chique-chique

A memória voragem
Em Grand Reino
De versos bastardos:
Bandoleiros
Saqueando feiras.
Primado de saias
Seios e valas.

UMA TORRE BÍBLICA

A historinha a seguir, contada por Valério Mesquita, de Macaíba, RN, foi vivenciada por François Silvestre, escritor e ex-presidente da FJA, de Natal. Vejamos como o cronista e político macaibense a contou: Muitas são as atribuições enfrentadas pelo presidente da Fundação José Augusto. Pedidos de emprego eram rotinas que desafiavam a capacidade do escritor François Silvestre. Certa vez, foi procurado por um pai extremado que defendia com ardor um cargo comissionado para a sua filha. "Dr. François, a minha filha fala corretamente quatro idiomas. Onde o senhor pode colocá-la?". Sem se perturbar, com a mão esquerda segurando a cabeça, silencioso, François, suspirou: "Só se for na Torre de Babel" (Valério MESQUITA, Aqui e alhures, in Tribuna do Norte, 16/01/2007, em Artigos).


[][][] Em 20/10/2008 [][][]

HISTÓRIA
Hildeberto Barbosa Filho
[ in Eros no Aquário, 2002 ]

(para Eleonora Montenegro)

Faz tempo
que garimpo a alma
das palavras.

Faz tempo
que estou morrendo
na ânsia do último verso.

9 comentários:

Mme. S. disse...

Essa seleção tá linda demais hoje, afff. Cheiro, querido. E quanto ao ócio, estou ruminando algumas coisas, mas nada que valha à pena serem publicadas. S.

Adrianna Coelho disse...


moacy

esse poema do bosco é lindíssimo!
o poema, da ana tá bem ao gosto da padmaya, eu acho... rs

agora, o seu olhar faz a diferença, viu...

beijos!

Mariana Botelho disse...

adoooooro esse balaio.

Meg disse...

Caro Moacy,
Se o termo balaio tem o mesmo significado que em Angola, posso dizer que tens um balaio sempre bem recheado de poesia e em que apetece ir ficando para ler e reler.
Cheiros e abraços

Anônimo disse...

PASSEI PARA DESEJAR UM FELIZ DIA DO POETA! BJ CARINHOSO

Cosmunicando disse...

essa versão da Internacionale tá incrível =))

sim Pav... o poema da Ana! rsrs

já disseram que esse balaio vicia e eu não acreditava...

Mme. S. disse...

Você protestou... Agora tem coisas dedicadas a você lá. Um cheiro, S.

Anônimo disse...

1.só agora cliquei na imagem! putz. bom mesmo. Nunca me liguei que poderia achar coisa parecida no youtube...
2.as colagens de luiz rosemberg são sempre ótimas. tendo um tempinho vou tentar fazer alguma coisa parecida por aqui. tem me inspirado bastante.
há braços (rs)

Anônimo disse...

Eu tenho uma colagem linda que o Rosemberg fez pra mim!
Um dia eu a publicarei!