terça-feira, 13 de outubro de 2009

De volta aos
cartões postais antigos
(Autoria: anônima)


BALAIO PORRETA 1986
n° 2810
Natal, 13 de outubro de 2009

Na longa estrada da vida procuro adotar a mesma postura do senador gaúcho Pinheiro Machado, quando, na República Velha, ao afastar-se de um grupo de manifestantes que o apupava, assim respondeu ao motorista que perguntou a velocidade com que deveria dirigir: “nem tão rápido que pareça covardia, nem tão devagar que pareça provocação”.
(JENS. Abaixo a humildade, in A Toca do Lobo)


OS DEZ MELHORES FILMES BESTINHAS
DE TODOS OS TEMPOS

Jairo Lima
[ in Bar Papo Furado ]

(Definição: Filme Bestinha é aquele que você sai encantado do cinema, feliz da vida, pisando em nuvens e diz pra todo mundo que o filme é uma idiotice, alienado, alienante, piegas, escapista, uma merda.)

Campeão: Sissi, a Imperatriz
A noviça Rebelde
Mamma Mia
O Mágico de Oz
Em cada coraçao uma saudade
Marcelino, pão e vinho
Quando o coração floresce
La violetera
Os dez mandamentos
Música e lágrimas


CHAMADO
Adriana Godoy
[ in Voz ]

imagino-te louco lobo devasso
quando chega a noite e a lua entretanto
cordeiro manso e frio na cama

me pego então a contar estrelas
no céu da boca a língua saliva
febre insana no corpo que treme

na rua lobos me chamam
estou pronta para saltar os muros
e atravessar paredes


A ANATOMIA DO ESPELHO
Theo G. Alves
[ in Museu de Tudo ]

fenece
a musculatura de minhas
sensações

enverga
o esqueleto de minhas
esperanças

o corpo
servil de que sou feito
degenera
diante do espelho

a máscara
tênue da face imemorial
esmaece
frente à casa miúda

homem
persona
memória

quem,
pergunta
a voz

quem?



MÚLTIPLA E VÁRIA
Emílio Moura
[in Poesia, 1953, p.143 ]

Só te imagino
múltipla e vária.
Nunca te entendo,
tantas te vejo.
Qual a que existe,
qual a que inventas?
Vejo-te imóvel,
vejo-te estática.

Súbito, um gesto,
rápido, ou lento,

Plástica, viva,
falas... Quem fala?
Que voz é essa?
De que secreta
fonte nos chega?


É PRECISO RECONCEITUAR O JORNALISMO
Marcelo Salles
[ in CartaMaior ]

Não faz mais nenhum sentido chamar de Jornalismo o que fazem as corporações de mídia. Quem se preocupa com o lucro em primeiro lugar não é uma instituição jornalística. Não pode ser. Quando uma empresa passa a ter como principal meta o lucro, essa empresa pode ser tudo, menos uma instituição jornalística. E aí não importa a quantidade de estrutura e dinheiro disponível, pois a prática jornalística é de outra natureza. [Clique aqui para ler o artigo na íntegra]


13 comentários:

Pedrita disse...

bonito poema do emílio moura. beijos, pedrita

NAMIBIANO FERREIRA disse...

Adorei a Definição: "Filme Bestinha é aquele que você sai encantado do cinema, feliz da vida, pisando em nuvens e diz pra todo mundo que o filme é uma idiotice, alienado, alienante, piegas, escapista, uma merda.)"
Eheheheheh
Kandandu

Unknown disse...

Bom dia, Moacy!

Voltande de viagem e aguardando novidades, resolvi matar as saudades.

E nessa resolução me deparo com os filmes bestinhas. Declaro que ADORO todos. Pelo menos me fazem sonhar.

Bela filosofia a do Jens! Adota-la-ei.

Cartões Postais: dá uma saudadeeeee!

Poemas maravilhosos!

Destaco Adriana Godoy e Emílio Moura(Maravilhoso)

Espero poder visitar o balaio mais frequentemante.

Beijos

mirse

Theo G. Alves disse...

eu tenho de confessar que gosto muito de alguns filmes bestinhas... nem tudo nessa vida pode ser ingmar bergman, precisamos de dias mais leves também.

abraço e muito obrigado pela honra de figurar aqui outra vez.

BAR DO BARDO disse...

A Adriana é uma excelente poeta. Boa escolha!

assis freitas disse...

Assisti quase todos esses filmes bestinhas, são bestinhas mesmo, mas deliciosos. Como sempre una perfecta seleção de poemas. E a vida segue nessa semana fraturada.

Adriana Godoy disse...

Moacyr, obrigada pela postagem do meu poema "Chamado". É uma honra pra mim participar de seu blog no meio de tantas feras. Só faltou o "i" no imagino-te. Beijo.

Cefas Carvalho disse...

Moacy, ótimas poesias e adorei a lista dos filmes bestinhas. Para mim, nessa seara, o que mais gosto é "Dio, come ti amo". Abraço!

Jens disse...

Pô, Moacy, mais uma vez me deixaste ruborizado com a deferência. Como não sou modesto, vou imprimir a página do Balaio e, no final da tarde, me exibir para o pessoal no Bar do Alemão. Acredito que vou conseguir uma rodada grátis ou renovar o crédito (o que é melhor, a longo prazo). Em agradecimento, vou envidar esforços diplomáticos a fim de conter a ira guasca em razão da celeuma suscitada sobre quem surgiu primeiro, o GreNal, o maior clássico do Brasil, ou Fla-Flu, o clássico das multidinhas.

Um abraço. Valeu!

nina rizzi disse...

putz, que balaio esse. a começar pela guria, paizim de ciço, arre!

e valeu pela gentileza do linque dos super verme. honra, hein!

beijo.

Fábio François Fonseca disse...

adoro um filme bestinha! vou fazer minha lista também! =D

Beti Timm disse...

Mestre querido,

e lá está o Jens se refestelando no Balaio, aí o exibicionismo fica difícil de segurar...rs. Mas ele merece. Adorei o Múltipla e vária do Emilio Moura. lindo poema!

beijos com carinho

Marco disse...

Rá! Rá! Rá!...
Adorei essa de filme bestinha...
Só não concordei com a inclusão de Mamma mia nele. Achei este filme intragável. carpe Diem.