quinta-feira, 31 de janeiro de 2008


Ilustração para a revista
Careta (Rio),
em fevereiro de 1909
in
Memória Viva

O grande sucesso carnavalesco do ano,
no Rio, seria a polca
No bico da chaleira,
de Juca Storini,
consagrando, então,
a expressão "chaleira" como sinônimo de bajulador.
Enquanto isso, no Recife,
igualmente em 1909,
explodia o frevo
Vassourinhas,
de Joana Batista e Mathias da Rocha.


BALAIO PORRETA 1986
n° 2221
Rio, 31 de janeiro de 2008


OS GRANDES SUCESSOS CARNAVALESCOS
a partir de 1922 (5)

Fala Mangueira (Mirabeau & Milton de Oliveira, 1956), samba
Quem sabe, sabe (Carvalhinho & Joel de Almeida, 1956), marcha
Turma do funil (Mirabeau, Milton de Oliveira & Urgel de Castro, 1956), marcha
Exaltação à Mangueira (Enéas Brites da Silva & Aloísio Augusto da Costa, 1956), samba
Formigão (Felinho, 1956), frevo
Saudade de Pernambuco (Genival Macedo, 1956), frevo
Na onda do passo (Gennaldo, 1956), frevo
Evocação (Nelson Ferreira, 1957), frevo-de-bloco
É de fazer chorar (Luiz Bandeira, 1957), frevo-canção
Fantasia de capim (Dozinho, 1957), frevo-canção
Vai com jeito (João de Barro, 1957), marcha
Pisando em brasa (Gennaldo, 1957), frevo
Madureira chorou (Carvalhinho & Júlio Monteiro, 1958), samba
Os rouxinóis (Lamartine Babo, 1958), marcha-rancho
Frevo nº 3 (Antônio Maria, 1958), frevo-canção
Evocação n° 2 (Nelson Ferreira & Osvaldo Santiago, 1958), frevo-de-bloco
Voltei, Recife (Luiz Bandeira, 1959), frevo-canção

Chora doutor (J. Piedade, Orlando Gazzaneo & J. Campos, 1959), samba
Vai ver que é (Carvalhinho & Paulo Gracindo, 1959), marcha
Meu carnaval (J. Maia & Max Nunes, 1959), marcha-rancho
Me dá um dinheiro aí (Homero, Ivan & Glauco Ferreira, 1960), marcha
Frevo do bairro de São José (Nelson Ferreira, 1960), frevo-de-troça


SOBRE O FREVO

"Contrariando a opinião de alguns puristas, pode-se dizer que existem três tipos de frevo: o frevo-de-rua, inteiramente instrumental; o frevo-canção, com introdução instrumental, vibrante, sincopada, e duas partes cantadas; e o frevo-de-bloco, de forma idêntica à do frevo-canção, porém de andamento mais lento. A diferença entre os dois últimos corresponde, digamos, à diferença entre a marchinha e a marcha-rancho. Pertence à terceira categoria a bela composição Evocação, em que Nelson Ferreira recorda velhos carnavais recifenses, citando nominalmente agremiações (Bloco das Flores, Andaluzas, Pirilampos) e personagens lendários (Felinto, Pedro Salgado, Guilherme, Fenelon) da história do frevo. Lançado sem maiores pretensões pela gravadora pernambucana Mocambo, com o pessoal do bloco Batutas de São José, Evocação se tornaria o maior sucesso do Carnaval de 1957, sobrepujando a produção do eixo Rio-São Paulo" (Jairo SEVERIANO & Zuza Homem de MELLO. A canção no tempo; 85 anos de músicas brasileiras, v.I. São Paulo : Ed. 34, 1997, p.329-30).

9 comentários:

o refúgio disse...

você sabe tudo de frevo, hein, Menino? rs...
Ó, nem adianta passar no refúgio hoje, não tem nada novo, tô correndo.

Um beijo.

benechaves disse...

Moacy: muito boa essas suas 'chamadas' carnavalescas, com músicas, realmente, de muitos sucessos. E a gente vai revivendo um carnaval que se conduzia bem melhor do que esta 'misturada' medíocre de gêneros que atualmente se observa. Nada se compara ao ritmo legítimo de outrora.
Olha: vi o filme do Resnais. Gostei sim e destaco o belo final, entre outros diálogos inteligentes de seus personagens.

Um abraço...

Anônimo disse...

Oi Moacy!
Obrigada pela visita!
Seu blog é muito bom de ler!
Reúne coisas que eu amo como música, poesia, cinema...
Gostei de saber coisas sobre o frevo e sobre o carnaval.
Voltarei aqui mais vezes, pois gostei muito!
Um beijo!
Fabi.

Anônimo disse...

saudade do tempo em que o carnaval era uma festa realmente popular.

Francisco Sobreira disse...

Moacy,
É bem percebível que na segunda metade dos anos 1950 a música de carnaval já perdera muito da sua criatividade e vigor. E daí pra frente veio a sua morte. Não havia mais a grande quantidade de músicas inspiradas das décadas de 30 e 40 e princípios da de 50, com algumas grandes exceções, como "Evocação no. 1", de Nelson Ferreira (a 2 já é inferior). Infelizmente. Um abraço.

Potiguarando disse...

Prezado Moacy,
Acabei de correr os olhos na Brouhaha e senti na alma tudo que o Poema/Processo representa. Fico orgulhoso por tê-los tão perto, tão vivos...
Bela é a sua vida e a vida de tantos outros que colocaram em prática uma ideologia, um pensar diferente, algo que é tão incomum nos tempos de hoje.
Abraço afetuoso.
José Correia Torres Neto

Vais disse...

Ei Moacy,
Moço, eu amo carnaval.
Os meus melhores foram os que passei até a juventude quando morava no interior, aqui nas Minas, as marchinhas e tudo que se tinha direito.
otésimo carnaval pra ti e os teus.
ó, peguei emprestada,pra colocar no recanto, aquela imagem da Mônica, Frevo Brasil.
beijo

Maria Maria disse...

Oi, Moacy, veja uma matéria interessante no nosso espartilho, tá? Tenha um Feliz Carnaval!!!! Vou acampar!!!! Beijos

Marco disse...

Maravilha! E gostei da ilustração do post também. Carpe Diem.