FILMES QUE MARCARAM ÉPOCA
NA CAICÓ NOS ANOS 50
Clique na imagem
para verouvir
cenas de
O drama do deserto
(Algar [Disney], 1953)
BALAIO PORRETA 1986
n° 2656
Rio, 9 de maio de 2009
Até março/abril de 1958 - ano de terrível seca, quando o Itans não pegou um mísero pingo d'água -, o Cinema Pax só exibira documentários de pequena metragem, aos domingos à tarde e às terças à noite, invariavelmente produzidos por Walt Disney para a série Maravilhas da Natureza. Com O drama do deserto a situação mudaria, embora fosse mais um filme Disney: tratava-se de um documentário - dirigido por James Algar e fotografado por N. Paul Kenworthy Jr. - de média-metragem, com 69 minutos. Colorido, como os demais da série exibidos em Caicó, o documentário impressionava por sua "beleza selvagem". Na época, não sabíamos que muitas de suas cenas (originalmente realizadas em 16mm por naturalistas) eram montadas a partir de efeitos e truques especiais, incluindo animação.
TERCEIRA CELEBRAÇÃO DA AMADA
Hildeberto Barbosa Filho
[ in Eros no aquário, 2002 ]
Hoje,
minha amada,
quero celebrar
tua solidão.
Com ela
partilhar o aroma
dos minutos.
Com ela
tocar a orquídea
do tempo
apalpar a água,
eternizar-me
no esquecimento.
Hildeberto Barbosa Filho
[ in Eros no aquário, 2002 ]
Hoje,
minha amada,
quero celebrar
tua solidão.
Com ela
partilhar o aroma
dos minutos.
Com ela
tocar a orquídea
do tempo
apalpar a água,
eternizar-me
no esquecimento.
COMPANHIA
Adair Carvalho Jr.
[ in Ventos Desencontrados ]
um dia todos os
dias trarão a
umidade dos ventos o
brilho das nuvens todas
as tardes arderão como
flores amarelas pequenos
pássaros negros na
grama verde água
de coco
o corpo para
sempre marcado saberá a
carícia morna e
mansidão
MÁSCARA
Nel Meirelles
[ in Fala Poética ]
respiro entre
o fio frio da faca
e o sabor
de lembranças
guardadas em sacos
plásticos
fujo e volto
volto e fujo
e finjo que
sou feliz
[] Penúltimo poema de Nel Meirelles,
antes de seu encantamento,
postado em 29/8/2006,
ao som de Mesmo sozinho, de Nando Reis []
Adair Carvalho Jr.
[ in Ventos Desencontrados ]
um dia todos os
dias trarão a
umidade dos ventos o
brilho das nuvens todas
as tardes arderão como
flores amarelas pequenos
pássaros negros na
grama verde água
de coco
o corpo para
sempre marcado saberá a
carícia morna e
mansidão
MÁSCARA
Nel Meirelles
[ in Fala Poética ]
respiro entre
o fio frio da faca
e o sabor
de lembranças
guardadas em sacos
plásticos
fujo e volto
volto e fujo
e finjo que
sou feliz
[] Penúltimo poema de Nel Meirelles,
antes de seu encantamento,
postado em 29/8/2006,
ao som de Mesmo sozinho, de Nando Reis []
6 comentários:
muito bom esse post, moa!
suas memórias, suas escolhas nesse mundo de poesia...
aliás, que poema forte é o de Nel.
beijos!
Bom Dia. Moacy!
Cá entre nós, não dá uma inveja da natureza! Que coisa maravilhosa!
Os tres poemas são excelentes, mas fico com a Terceira Celebração da Amada de Hildeberto Barbosa Filho.
Parabéns!
Belo post para um sábado!
Beijos
Mirse
Moaci conheço quase toda a obra dele,o diário além de ser um dos meus livros de cabeceira é um dos melhores no gênero confessional.Não entendo como Lúcio ainda hoje seja tão renegado e esquecido.Outra mineira que sou apaixonada é Raquel Jardim.
Amado! Te reencontrei...que bom!
Tenho muita coisa pra ler por aqui...
o Frida mudou de endereço, aparece por lá...
"Com ela
partilhar o aroma
dos minutos."
Abrajos!
Ah, caro mestre Moacy... Lembro destes documentários, mas não no cinema. Vía-os no programa "Disneylândia", que passava na TV Tupi, todos os domingos, às 16h, se não me engano. O próprio Walt fazia a apresentação. Sempre fui fascinado por documentários da natureza. Os poemas selecionados também ao excelentes!
Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.
poemas de graça...
Postar um comentário